(14 Nov 1914 - 9 Abr 1998)
ROMEU
FIGUEIRA DOS SANTOS - Filho de Odorico Hermógenes dos Santos e Júlia Figueira
dos Santos. Seus avós paternos foram Jacintho Hermógenes dos Santos e Isolina dos
Santos. Da parte materna, sua avó era Mathilde Figueira, que posteriormente
contraiu núpcias com Luís Carravetta, gerando duas filhas: Cecília e Judite.
Teve uma irmã, Julieta.
Nasceu
em Porto Alegre. Sua Certidão de Nascimento, registrado no Registro civil da 4ª
Zona de Porto Alegre, Livro A-9 7 fls 146F, sob o nº 2886, dá como sendo
"em 30 de novembro de 1914, às 04:00 horas", enquanto que sempre se
comemorou seu aniversário no dia 14 de novembro. Assento registrado em 1º de
dezembro de 1914. Faleceu em Porto Alegre no dia 10 de abril de 1998.
Durante
toda a sua vida foi um sonhador, o "seu" Romeu. Mas não conseguiu
realizar o seu grande sonho da juventude que era tornar-se engenheiro. Chegou a
frequentar a Escola Politécnica, mas deixou os estudos para trabalhar. Depois,
aos poucos, conseguiu concretizar outros, mas a vida, certamente, ficou lhe devendo
muitas coisas.
Dedicou-se
às Artes Gráficas, à Encadernação e restauro de livros, aos quais amou durante
toda a vida. Recuperou bibliotecas inteiras de particulares, bancos e
principalmente de igrejas, das quais sempre teve predileção pelos magníficos e
precisos missais. Como profissional trabalhou sempre – e somente - na Livraria
Schapke (Schapke & Cia), na qual foi admitido no dia 25 de agosto de 1936,
com o salário de 11$500 (onze mil e quinhentos réis).
Apreciava
antiguidades, como moedas (era numismata amador), mas particularmente relógios,
dos quais, apaixonado, além de exímio restaurador era colecionador, chegando a
possuir algumas preciosidades. Também gostava de Turfe e sempre que podia
frequentava o Jóquei Clube dos Moinhos de Vento.
Casou
com Eva Conceição Cavalheiro Gonçalves no dia 31 de janeiro de 1940, no Cartório do Registro Civil
do Dr. Lourival Kersting, termo lavrado no livro no. b-25, fls. 63, assinado pelo
ajudante de oficial Osmar Lopes e pelas testemunhas Mário da Silva Barcelos,
encadernador e Luiz Jacob Imperatores, ajustador-mecânico. Eva passou a
chamar-se Eva Conceição Gonçalves dos Santos. Tiveram oito filhos, sendo duas
mulheres (Terezinha e Luzia) e seis homens (Evandro, Fernando, Pedro, Paulo,
Geraldo e Luís).
Foi
homem dedicado à mulher e aos filhos. Gostava
dos amigos, alguns dos quais tinha como verdadeiros irmãos. Honesto e leal,
tinha por norma o cumprimento rigoroso da palavra empenhada. Defensor
intransigente da Família, católico fervoroso, participou da sociedade dos
Vicentinos nas Paróquias de Nossa Sra.
de Fátima (IAPI) e Santa Maria Goretti.
Detestava
contrair dívidas e fazia o impossível para saldá-las quando as tinha. Seu
patrimônio material foi pequeno, mas seu legado moral é um dos pilares que
sustentam, até hoje, a família que construiu.
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A foto do perfil foi tirada entre 1942 e 1943
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