A FAMÍLIA

"É preciso fazer realmente todo o esforço possível, para que a família seja reconhecida como sociedade primordial e, em certo sentido, soberana. A sua soberania é indispensável para o bem da sociedade. Uma nação verdadeiramente soberana e espiritualmente forte é sempre composta por famílias fortes, cientes da sua vocação e da sua missão na história. A família está no centro de todos estes problemas e tarefas: relegá-la para um papel subalterno e secundário, excluindo-a da posição que lhe compete na sociedade, significa causar um grave dano ao autêntico crescimento do corpo social inteiro". (João Paulo II em “Carta às Famílias” / 2 de fevereiro de 1994)

ROMEU FIGUEIRA DOS SANTOS

 
(14 Nov 1914 - 9 Abr 1998)
 
 
 
 
    ROMEU FIGUEIRA DOS SANTOS - Filho de Odorico Hermógenes dos Santos e Júlia Figueira dos Santos. Seus avós paternos foram Jacintho Hermógenes dos Santos e Isolina dos Santos. Da parte materna, sua avó era Mathilde Figueira, que posteriormente contraiu núpcias com Luís Carravetta, gerando duas filhas: Cecília e Judite. Teve uma irmã, Julieta.
    Nasceu em Porto Alegre. Sua Certidão de Nascimento, registrado no Registro civil da 4ª Zona de Porto Alegre, Livro A-9 7 fls 146F, sob o nº 2886, dá como sendo "em 30 de novembro de 1914, às 04:00 horas", enquanto que sempre se comemorou seu aniversário no dia 14 de novembro. Assento registrado em 1º de dezembro de 1914. Faleceu em Porto Alegre no dia 10 de abril de 1998.
    Durante toda a sua vida foi um sonhador, o "seu" Romeu. Mas não conseguiu realizar o seu grande sonho da juventude que era tornar-se engenheiro. Chegou a frequentar a Escola Politécnica, mas deixou os estudos para trabalhar. Depois, aos poucos, conseguiu concretizar outros, mas a vida, certamente, ficou lhe devendo muitas coisas.
    Dedicou-se às Artes Gráficas, à Encadernação e restauro de livros, aos quais amou durante toda a vida. Recuperou bibliotecas inteiras de particulares, bancos e principalmente de igrejas, das quais sempre teve predileção pelos magníficos e precisos missais. Como profissional trabalhou sempre – e somente - na Livraria Schapke (Schapke & Cia), na qual foi admitido no dia 25 de agosto de 1936, com o salário de 11$500 (onze mil e quinhentos réis).
    Apreciava antiguidades, como moedas (era numismata amador), mas particularmente relógios, dos quais, apaixonado, além de exímio restaurador era colecionador, chegando a possuir algumas preciosidades. Também gostava de Turfe e sempre que podia frequentava o Jóquei Clube dos Moinhos de Vento.  
    Casou com Eva Conceição Cavalheiro Gonçalves  no dia 31 de janeiro de 1940, no Cartório do Registro Civil do Dr. Lourival Kersting, termo lavrado no  livro no. b-25, fls. 63, assinado pelo ajudante de oficial Osmar Lopes e pelas testemunhas Mário da Silva Barcelos, encadernador e Luiz Jacob Imperatores, ajustador-mecânico. Eva passou a chamar-se Eva Conceição Gonçalves dos Santos. Tiveram oito filhos, sendo duas mulheres (Terezinha e Luzia) e seis homens (Evandro, Fernando, Pedro, Paulo, Geraldo e Luís).
    Foi homem dedicado à mulher e aos filhos.  Gostava dos amigos, alguns dos quais tinha como verdadeiros irmãos. Honesto e leal, tinha por norma o cumprimento rigoroso da palavra empenhada. Defensor intransigente da Família, católico fervoroso, participou da sociedade dos Vicentinos nas Paróquias de Nossa  Sra. de Fátima (IAPI) e Santa Maria Goretti.
    Detestava contrair dívidas e fazia o impossível para saldá-las quando as tinha. Seu patrimônio material foi pequeno, mas seu legado moral é um dos pilares que sustentam, até hoje, a família que construiu.
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- A foto do perfil foi tirada entre 1942 e 1943

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